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29 de fev. de 2012
O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento
em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma
experiência sua, que poderia ter significação para todos. Não há
povo que não se orgulhe de suas histórias, tradições e lendas, pois
são a expressão de sua cultura e devem ser preservadas. Concentra-se
aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.
A célula máter da Literatura Infantil, hoje conhecida
como "clássica", encontra-se na Novelística Popular Medieval
que tem suas origens na Índia. Descobriu-se que, desde essa época,
a palavra impôs-se ao homem como algo mágico, como um poder
misterioso, que tanto poderia proteger, como ameaçar, construir
ou destruir. São também de caráter mágico
ou fantasioso as narrativas conhecidas hoje como literatura primordial.
Nela foi descoberto o fundo fabuloso das narrativas orientais, que se forjaram
durante séculos a.C., e se difundiram por todo o mundo,
através da tradição oral.
A Literatura Infantil constitui-se como gênero durante o século XVII,
época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam
repercussões no âmbito artístico.
O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias,
pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status"
concedido à infância na sociedade e da reorganização
da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação
com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para
se converterem em instrumento dela.
É a partir do século XVIII que a criança passa
a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características
próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos
e receber uma educação especial, que a preparasse para a
vida adulta.
As Mil e Uma Noites
Coleção de contos árabes (Alf Lailah Oua Lailah)
compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI.
São estruturados como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma
deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a
retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar.
Foi o orientalista francês Antoine Galland o responsável por tornar o livro
de As mil e uma Noites conhecido no ocidente (1704). Não existe
texto fixo para a obra, variando seu conteúdo de manuscrito a manuscrito.
Os árabes foram reunindo e adaptando esses contos maravilhosos de
várias tradições.
Assim, os contos mais antigos são provavelmente do Egito do séc.
XII. A eles foram sendo agregados contos hindus, persas, siríacos
e judaicos.
O uso do número 1001 sugere que podem aparecer mais histórias, ligadas por um fio
condutor infinito. Usar 1000 talvez desse a idéia de fechamento, inteiro, que
não caracteriza a proposta da obra.
Os mais famosos contos são:
- O Mercador e o Gênio
- Aladim ou a Lâmpada Maravilhosa
- Ali-Babá e os Quarenta Ladrões Exterminados por uma Escrava
- As Sete Viagens de Simbá, o Marinheiro
O rei persa Shariar, vitimado pela infidelidade de sua mulher, mandou matá-la
e resolveu passar cada noite com uma esposa diferente, que mandava degolar
na manhã seguinte. Recebendo como mulher a Sherazade, esta iniciou
um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação
na noite seguinte. Sherazade, por artificiosa ligação dos
seus contos, conseguiu encantar o monarca por mil e uma noites e foi poupada
da morte.
A história conta que, durante três anos, moças
eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais
virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender
o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que
a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao
triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída
pelo rei, começa a contar a extraordinária "História
do Mercador e do Efrit", mas, antes que a manhã rompesse, ela parava
seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade
à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu
sobreviver, graças à sua palavra sábia e à curiosidade
do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos
e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe, por amor
às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria,
sobretudo pela dignidade de Sherazade.
Fica então a metáfora traduzida por Sherazade: a liberdade
se conquista com o exercício da criatividade.
Marcadores:literatura infantil
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- Sou Artesã, apaixonada por EVA, Mãe de duas princesinhas Ana Clara e Yasmin, casada com o melhor marido do mundo, atualmente moro em Taubaté SP, mais sou de Pirassununga, espero postar aki meus trabalhos e dicas e que meus seguidores gostem,.. bjkasss
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